Os cristãos se declararam culpados de
"ocupação ilegal de terras agrícolas" e "reunir uma multidão
para perturbar a ordem pública" em suas tentativas de proteger a Igreja de
Sanjiang da destruição ilegal pelas mãos do governo. As sentenças variam de
alguns meses a três anos.
Na
última quarta-feira (25) os oito foram sentenciados à prisão, incluindo Guo
Yunhua, um ancião da igreja, e Zhao Rendi, que estava no comando das igrejas no
distrito de Jiangbei. Este último, depois que ficou ao lado dos outros cristãos
locais contra os funcionários que pretendiam demolir a igreja. Apesar disso, o
intento do governo foi cumprido em 28 de abril de 2014, dia em que a igreja foi
destruída.
"Todos
os oito se declararam culpados", afirmou um membro da igreja que
participou do julgamento. "Zhao Rendi foi condenado a três anos de prisão
com uma prorrogação de quatro anos de cumprimento da sentença. Os outros foram
condenados a penas que variam de vários meses a um ano, e todos têm o
adiantamento de vários meses até o início de cumprimento da pena."
Há uma forte especulação de que os réus foram coagidos a se declararem culpados.
Há uma forte especulação de que os réus foram coagidos a se declararem culpados.
Outro
membro da igreja disse à agência de notícias China Aid que
mais de 100 pessoas solicitaram passes de visitantes para o julgamento, mas nem
todos foram autorizados a participar. "Há 168 assentos na sala de
audiências do terceiro andar do Tribunal Popular de Yongjia County. Quase todos
os lugares foram tomados", contou o homem.
No julgamento, a promotoria afirmou que os acusados construíram
a Igreja Sanjiang em mais de 38 mil metros quadrados de terras agrícolas e que
eles planejaram e organizaram reuniões ilegais nas quais os membros da igreja
cantavam hinos e oravam. A acusação também alega que os réus "obstruíram
os esforços do governo para corrigir a estrutura ilegal do templo", o que
resultou no gasto de mais de 1,2 milhões de yuans (moeda local) do governo para
a manutenção da estabilidade do prédio.
Autoridades afirmaram que a igreja "excedeu o padrão fornecido pelo
governo". No entanto, os membros da igreja afirmaram que o governo aprovou
o tamanho da igreja durante a construção e emitiu toda a documentação
necessária.
